Tchau mamãe!

tchau mae

Estava eu fazendo compras no supermercado, quando uma velhinha simpática começou a me seguir pelas gôndolas, sempre sorrindo. Eu parava pra pegar alguma coisa, ela parava também e ficava lá, com aquele sorriso de vó: uma graça, quase um anjo!

Quando cheguei na fila do caixa, lá estava a velhinha na minha frente, com o carrinho lotado até a borda, sorrindo como se tivesse ganhado o dia. Até que ela se vira e diz:

Espero não tê-lo incomodado, mas você se parece muito com meu falecido filho…

Na hora, um nó na garganta. Coitada, né? Respondi, cheio de empatia:

Imagina, senhora! Tudo bem, não tem problema.

Ela então emendou:

Posso lhe pedir uma coisa meio incomum?

Claro, se eu puder ajudar…

Você pode se despedir de mim dizendo “Adeus, mamãe, nos vemos depois”? Assim dizia meu filho querido… ficarei muito feliz!

Aquilo cortou meu coração. Pensei: “Que custa alegrar a senhorinha?” Então, sorri e respondi:

Claro, senhora! Sem problema algum.

Ela passou pelo caixa, virou-se pra mim sorrindo e, acenando a mão igual cena de novela, disse:

Adeus, filho!

E eu, com toda a ternura do mundo, gritei emocionado:

Adeus, mamãe! Nos vemos depois!

Ela sorriu, eu fiquei todo bobo, me sentindo o próprio exemplo de humanidade. Mas aí veio a hora de passar as minhas compras. A moça do caixa olha pra mim e solta:

R$ 554,00.

Como é que é, moça?! Dois sabonetes e duas pilhas? Tá doida?

Ela me olha tranquila e responde:

Mas as compras da sua mãe… ela disse que o senhor pagaria!

Foi quando eu percebi o golpe:

VELHA FILHA DA PUTA!!!

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