A filha ProstiPuta

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A filha desapareceu há mais de cinco anos, e na sua volta, o pai recebe a moça com a maior bronca que já deu na vida:

Onde você estava esse tempo todo, desgraçada? Por que não mandou nem uma notinha pra dizer que estava viva? Nem uma ligação sequer, hein? Você não tem ideia de como sua mãe sofreu por sua causa!

A garota, com os olhos marejados e soluçando entre lágrimas:

Snif, snif… pai… virei prostituta…

O pai, mais exaltado do que torcedor em final de campeonato:

O quê?! Vagabunda! Some daqui, sua sem vergonha, ordinária, pecadora! Você é uma vergonha pra família! Não quero te ver nem pintada de ouro!

A menina, enxugando as lágrimas e respirando fundo, tenta continuar:

— Tá bom, papai. Eu só vim entregar um casaco de pele novinho pra mamãe, as escrituras da minha mansão no Morumbi, uma caderneta de poupança de 5 milhões de reais pro meu irmãozinho, e, pra você, paizinho… um Rolex de ouro puro, a BMW zero quilômetro que tá estacionada ali na porta e um título vitalício do Jockey Club. Ah, sem esquecer do convite pra toda a família passar o Réveillon no meu iate em Búzios.

Silêncio. Uma pausa dramática. O pai subitamente muda o tom de voz como quem descobriu que o time ainda tem chance de ganhar nos acréscimos:

— Filhinha… espera aí… você disse que virou o quê, mesmo?

— Prostituta, pai. Snif, snif…

O velho abre um sorriso do tamanho de um outdoor e solta, aliviado:

Aaaaaah, boooom! Que susto, menina! Eu tinha entendido “protestante”! Vem cá, dá um abraço no papai!

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