Tudo por causa de um papagaio

papaaaNesse feriado 7 de setembro, o doutor Carlos Recebeu um telefonema do caseiro do seu sítio:

– Alô, sô Carlos? Aqui é o Óshinton! Casêro do sítio.
– Pois não, seu Wahington. Que posso fazer pelo senhor? Algum problema?
– Eu só to ligando pra avisá o sinhô que o seu papagaio morreu.
– Meu papagaio? Aquele que ganhou o concurso.
– Ele mermo…
– Meu Deus! Eu gastei uma fortuna com aquele bichinho! Ele morreu de que?
– Di cume carne estragada.
– Carne estragada? Quem fez essa maldade? Quem deu carne para ele?
– Ninguém… ele comeu carne de um cavalo morto!
– Que cavalo morto, seu Washington?
– O puro sangue que o sinhô tinha. Ele morreu de tanto puxá carroça d’água.
– Tá louco! Que carroça d’água?
– Pra pagá o incêndio.
– Meu Deus! Que incêndio?
– Na sua casa. Uma vela caiu e pegô fogo nas curtina.
– Mas seu Washington, aí tem luz elétrica! Que vela era essa?
– Do velório.
– De quem?
– Da sua mãe.
Jesus Cristo! Minha mãe?
– É, sô Carlo. Ela apareceu aqui di noite sem avisá. Eu pensei que era um ladrão e atirei nela.
– Meu Deus, que tragédia!

O doutor Carlos Wanderley não se contém e começa a chorar copiosamente.

– Pêra aí, sô Carlo! O senhor não vai chorar por causa de um papagaio, vai?

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