Coisas que Aprendi Vendo Sexta-feira 13

Se tem uma coisa que o cinema de terror nos ensina, é que bom senso é um item que ninguém leva na mochila para acampar perto de um lago amaldiçoado. E com Sexta-feira 13, a escola da sobrevivência é brutal e cheia de lições que, honestamente, parecem gritadas por aquele seu amigo paranoico no cinema: “NÃO ENTRA AÍ!”. Mas, como a gente sabe, o pessoal nunca ouve.

Aqui estão algumas pérolas de sabedoria extraídas dessa franquia onde morrer não é uma questão de azar, e sim de burrice.

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1. Confie nos seus instintos cinematográficos

Se o diretor já mandou mal em outro remake (O Massacre da Serra Elétrica, cof cof), não dê a ele uma segunda chance. Esse erro é pior do que entrar numa cabana abandonada no meio da floresta. A regra aqui é clara: não é só Jason que vive do passado, tem diretor que também não largou os anos 80.

2. Os primeiros 10 minutos são a glória do filme

Ah, os primeiros 10 minutos: sangue, tensão e aquela esperança de que o filme vai entregar o que promete. Spoiler: ele não vai. Então, aproveite o pico de emoção inicial e considere sair antes do inevitável declínio narrativo. Melhor do que ficar e ver Jason virar atleta olímpico na maratona de mortes.

3. Saia enquanto pode

Se o filme já te deu aquela falsa sensação de desfecho nos 10 minutos iniciais, entenda: esse é o último sinal de alerta. Saia da sala, da floresta, do planeta, se puder. Quem fica, vira estatística. Ou trilha sonora de gritos.

4. Cuidado com as trilhas misteriosas na floresta

Ah, uma caminhada solitária no mato, com um possível psicopata à espreita. O que poderia dar errado? Tudo. Se você acha que vai sobreviver sendo corajoso, parabéns: acaba de entrar no hall dos que “deram mole e se lascaram”. Regra de ouro: vá em grupo ou não vá.

5. Sempre termine o que começou

Se o voyeur está atrapalhando sua diversão no meio do mato, termine logo o serviço. Não só por dignidade, mas porque as chances de sobreviver aumentam exponencialmente quando você não tenta bancar o justiceiro. Jason agradece a colaboração.

6. A casa abandonada NÃO é uma boa ideia

Quando sua namorada mandona, mas sensata, insiste para você não entrar na cabana velha e fedida… escute. Não é charme dela, é sobrevivência básica. Afinal, quantos corpos pendurados na parede você precisa ver para entender que ali não é Airbnb?

7. Ouça a velhinha estranha e o policial perdido

A velha doida na entrada da cidade? Ouça. O policial meio lesado que diz “não vá pro lago”? Ouça. Eles têm um histórico perfeito de prever desgraças. E você, se não escutar, vai virar só mais um “jovem desaparecido” no noticiário.

8. A diversidade pode salvar sua pele (ou pelo menos adiar sua morte)

Nada como um elenco diverso para aumentar sua expectativa de vida no terror. Leve sempre o amigo negro, o japonês e as loiras sem muito bom senso. Jason adora começar com as opções mais óbvias antes de chegar em você.

9. Se for loira, evite os clichês

Ser loira já é um risco no universo de Sexta-feira 13. Mas se você insistir em ficar bêbada, está basicamente assinando sua sentença de morte. Pense nisso enquanto segura sua cerveja.

10. Peitos não são escudos antibalas

Se já ignorou todas as outras dicas e resolveu dar aquele showzinho de topless, parabéns: acabou de aumentar seu tempo de tela… por uns cinco segundos. Jason não vai te dar o Oscar, mas pode te dar um corte artístico.

11. Não nade para a margem onde está o psicopata

Você está no lago, o serial killer está na margem… e ainda assim, sua genialidade te faz nadar direto para ele. Isso não é coragem, é suicídio esportivo. Dica prática: nade para qualquer outro lugar – nem que seja para o meio do lago e vire almoço do crocodilo fictício.

12. Segundo andar + banheiro = morte certa

A lógica é simples: escuro, sozinha, e um barulho misterioso vindo do banheiro. Isso não é um convite para investigação, é praticamente um bilhete de loteria premiado para o Jason. E spoiler: ele sempre ganha.

13. Grite. Não que vá adiantar muito.

Se você ignorou absolutamente tudo e agora está cara a cara com o facão, a única coisa que te resta é gritar. Não porque vai salvar sua vida, mas porque é tradição. Afinal, não existe Sexta-feira 13 sem um grito agudo e desespero teatral.

14. Negros e japoneses são sempre alvos óbvios

Se o seu amigo japonês saiu e não voltou, parabéns: você é o próximo. Jason tem uma ordem de serviço rigorosa, e infelizmente, diversidade só ajuda nos primeiros minutos. O truque é: não seja previsível, ou seja, desapareça antes que o roteiro te elimine.

15. Evite ser o drogado ninfomaníaco

Figurantes drogados e com excesso de hormônios têm a expectativa de vida de uma mosca. É quase um instinto animal: se você está chapado e transando no meio da floresta, Jason já está na fila de espera com o facão. Moral da história? Talvez seja hora de rever suas prioridades.

16. Ande sempre com os irmãos do Supernatural

Essa é fácil: se você tiver a sorte de chamar Dean ou Sam Winchester de “bro”, suas chances de sobreviver sobem uns 90%. Afinal, eles já enfrentaram de tudo – de demônios a monstros, e Jason não seria mais do que um incômodo.

17. Evite ser o primeiro ou o último na fila

Buracos misteriosos, túneis estreitos ou qualquer passagem suspeita: a primeira e última pessoa da fila sempre morre. Dica? Fique no meio. Jason adora começar e terminar em grande estilo, então deixe que os outros estrelem esses momentos.

18. O poder de ser a mãe dele

Se a situação está crítica, use a carta “mãe emocional”. Chamar o serial killer pelo nome e fingir ser Pamela Voorhees pode te comprar uns minutos preciosos. Só não abuse: a última pessoa que tentou isso virou um caso de decapitação simbólica.

19. Consolar Jason pode salvar sua vida (ou atrasar sua morte)

“Calma, Jason, tá tudo bem…” Não parece muito convincente, mas às vezes o psicopata gosta de ouvir um carinho antes de finalizar o trabalho. Quem sabe isso não te dá tempo de correr um pouquinho mais?

20. Não confie no loirinho descolado

Entregar uma arma para o loiro metido a engraçadinho é pedir para que ele a perca antes de atirar. Pior ainda, ele pode se esconder atrás de você. O que é irônico, porque nem como escudo humano ele presta.

21. Cuidado com caronas de motoristas silenciosos

O carro parou, mas o motorista não diz uma palavra? Ele não é tímido; ele só está ofegante por carregar um facão maior que a sua dignidade. Se o sujeito tem problemas respiratórios, melhor confiar nos seus próprios pés.

22. Jason é poderoso, mas tem calcanhar de Aquiles

Onipotente? Sim. Onipresente? Também. Mas um chute bem dado na mão dele, e pronto: o facão cai. É quase como uma regra de videogame: ataque a fraqueza e corra como se não houvesse amanhã (porque pode não haver).

23. Correr é inútil, o machado é mais rápido

Você pode ser um campeão olímpico, mas Jason tem a física do lado dele. Não importa o quanto você corra, o machado dele tem a pontaria e a eficiência de um GPS. Não desperdice energia; jogue sujo e torça para ele tropeçar.

24. Nunca fique de costas para nada

Janela, porta, parede ou até para o vazio da floresta: tudo é território de Jason. Ele surge de onde você menos espera, então andar de costas como um caranguejo talvez seja uma tática mais sensata.

25. Policial sozinho é policial morto

Se você é da lei, nunca vá sozinho. Você não é o protagonista do filme, é só o coitado enviado para morrer dramaticamente. E se insistir em ir, pelo menos deixe um recado com sua localização para facilitar o trabalho do rabecão.

26. Forneça o endereço completo, por favor

A galera chama a polícia e acha que um “vem logo!” é suficiente. Aparentemente, achar o Lago Cristal sem GPS é mais complicado do que sobreviver ao Jason. Esse erro de roteiro nem o facão consegue consertar.

27. Frases de impacto não matam ninguém

“Vai para o inferno, Jason!” é ótimo para o trailer, mas na prática só faz você parecer ridículo antes de virar história. Se for atacar, ataque em silêncio. Menos drama, mais eficácia.

28. Jason sempre volta. Sempre.

Você acha que ele morreu? Não morreu. Que foi enterrado? Vai sair. Que ficou preso no lago? Ele respira melhor debaixo d’água do que você na superfície. A regra é clara: Jason é tipo fila de banco, nunca acaba.

29. Remakes ruins não merecem sua fé

Se o diretor tem histórico duvidoso e o roteirista parece ter aprendido a escrever ontem, não espere milagres. O verdadeiro terror está na bilheteria que você pagou para assistir.

30. Quando há opções melhores, escolha sabiamente

Se no mesmo dia do remake de Sexta-feira 13 estão estreando três filmes promissores, faça um favor a si mesmo e escolha qualquer um deles. A menos que você goste de sair do cinema com cara de quem pagou caro por um sanduíche sem recheio.


Conclusão? Não existe.

Assim como Jason, as lições não acabam. Mas uma coisa é certa: se você seguir essas dicas, pode até não sobreviver, mas pelo menos vai morrer sabendo que tentou. Boa sorte na próxima maratona de terror – você vai precisar.

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