A verdadeira previsão masculina nunca erra

O marido chega em casa, joga as chaves na mesinha e, sem nem tirar os sapatos, já solta o comando:

— Rápido, me traz uma cerveja antes que comece!

A esposa, surpresa com a abordagem direta, até pensa em perguntar alguma coisa, mas decide não bater de frente logo de cara. Vai até a geladeira, pega uma latinha gelada e entrega para ele. Ele abre, dá aquele gole de quem está tentando apagar um incêndio interno e nem dá tempo para agradecimentos. Já dispara de novo:

— Rápido, me traz outra cerveja, já tá quase começando!

Ela para por um segundo, encara ele, tenta entender o que está acontecendo. Mas como o dia dela foi longo e o silêncio às vezes é mais valioso que ouro, decide colaborar. Pega outra cerveja e entrega, sem dizer uma palavra.

Mais um gole, mais uma lata vazia na mesinha, e lá vem a terceira convocação:

— Vai logo, me traz mais uma, porque agora vai começar de verdade!

E foi aí que o caldo entornou. A mulher, que até então estava tentando manter a paz no lar, solta o verbo:

— Ah, quer saber? Já deu dessa palhaçada! Você chega em casa, não dá nem um “oi”, nem pergunta como foi meu dia, acha que eu sou empregada? Trabalhei igual uma condenada: lavei, passei, cozinhei, limpei a casa inteira e ainda fiz compras! E você tá aí largado, pedindo cerveja como se eu fosse garçonete! Eu não aguento mais isso, seu inútil, egoísta, folgado!

O marido, calmamente, dá um último gole na cerveja, suspira e diz:

— Pronto… começou.

A verdadeira previsão do dia, meus caros. Quem precisa de bola de cristal quando o instinto de sobrevivência masculina já avisa?