Ford Escort XR-3 1985 0KM é encontrado abandonado
Este Ford Escort XR3 foi encontrado abandonado 0KM
Esta é mais uma história difícil de acreditar, este belo Escort XR3 1984 (primeiro ano de fabricação deste modelo) ficou guardado todos estes anos. Na época, em dezembro de 1984, o carro foi comprado e, em janeiro de 1985 seu dono foi passar férias no Pantanal Mato-Grossense onde faleceu, vítima de afogamento aos seus 34 anos de idade. Com sua morte seu irmão não permitiu a venda do carro. Passado 30 anos seu irmão veio a falecer e o carro foi vendido para Reginaldo de Campinas com seus exatos 00955 originais, com plásticos no bancos, tudo de fábrica, até os pneus e o extintor, curtam as fotos do descobrimento e do carro lavado e encerado.
O que mais chamava a atenção no XR-3, porém, era sua estética ostensiva, com quatro faróis de neblina na dianteira, uma série de adereços aerodinâmicos – incluindo um enorme aerofólio traseiro em borracha, e rodas de liga-leve de 14 polegadas montadas em pneus de perfil baixo. Completava o visual o teto solar de acionamento manual, que abria na função basculante, ou entrava dentro do teto.
O Escort XR-3 era reconhecido também pelo ronco do escapamento, abafado, e específico do modelo.
O interior não deixava por menos, e era uma combinação de luxo, requinte, esportividade e tecnologia. A esportividade estava nos bancos esportivos, volante de diâmetro reduzido e nos adereços vermelhos na decoração, mas o luxo chamava a atenção nos revestimentos aveludados, o painel completo, com ar-condicionado e itens vistos somente em carros importados, como vidros e travas elétricas.
O Ford Escort XR-3 adotava um motor quatro cilindros CHT 1.6, movido exclusivamente à álcool, que, com a ajuda de um carburador duplo Weber 40, atingia 82,9 cavalos @ 5.600 RPM e torque máximo de 12,8 Kgfm @ 4.000 RPM. Esse motor estava associado a uma transmissão manual de cinco marchas, e o conjunto conseguia acelerar o hatch de 934 Kg de 0 a 100 Km/h em 14,34 segundos, para atingir uma velocidade máxima de 165 Km/h, segundo teste da Revista Quatro Rodas. O consumo de etanol, em cidade, era de 8.02 Km/l, enquanto em estrada, vazio, atingia 11.69 Km/l – nada mal para um esportivo.