A verdadeira história da lenda do “Celeiro Misterioso”

Há um tempo atrás, publicamos uma matéria sobre um Celeiro misterioso encontrado com as portas soldadas e que dentro havia vários carros de luxo antigos, que valiam milhões, todos com bastante poeira do tempo, enfim, abandonados.Mas pesquisando na internet, achei uma matéria, no qual conta a verdadeira história dessa lenda.

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A verdadeira história de uma lenda portuguesa

A imaginação de quem é aficionado por automóveis antigos é como a das crianças: hiper fértil. Vive sonhando com aquele clássico exclusivo e caríssimo. Em ver sua preciosidade recebendo um prêmio super importante. Em ter uma garagem com pelo menos um carro para cada dia da semana. Em encontrar um dia, assim, por acaso, um galpão lotado de automóveis esquecidos no tempo. É justamente sobre esta última frase que trata esta matéria!Em meados do ano passado, começou a circular pela internet uma história curiosa e envolta em mistério, que contaremos mais a diante. O Portal Maxicar tiveram contato com a lenda pelo menos uma dezena de vezes: através de fóruns, de fotos recebidas por e-mail, de apresentações montadas em Power Point, em comentários ouvidos em encontros. Diz o ditado que “quem conta um conto, aumenta um ponto” e é a mais pura verdade. Sempre que nos deparávamos com a tal história, ela era contada de um jeitinho um pouco diferente.

Verdade ou Lenda

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Essa é mais uma daquelas histórias envolvendo automóveis que circulam pela internet. Aconteceu em Portugal. Diz que o americano aposentado comprou uma chácara “de porteira fechada”. O imóvel estava abandonado há mais de 15 anos, pois seus antigos proprietários haviam morrido. No local havia um galpão cujos enormes portões de aço estavam fechados com solda. Quando foi conhecer o local, ele não deu a menor importância ao enorme prédio, supondo tratar-se apenas de um local onde pudessem estar guardadas coisas sem utilidade ou até mesmo estar vazio.
Negócio fechado, resolveu abrir o portão. Para sua surpresa, havia uma coleção com centenas de carros antigos empoeirados e trancafiados no local. Entre as raridades, alguns super clássicos mundias, que valem alguns milhares de dólares. Mas como todos esses carros foram parar lá?

Fim do mistério (será?)

portugal7Você se lembra daquela história de um galpão trancado com vários automóveis antigos em Portugal? Pois é, o mistério foi desfeito e a verdade é bem outra, embora com alguns fatos ainda obscuros. A coleção é composta por 280 automóveis, que foram comprados ao longo de 80 anos, por 3 gerações da família do atual proprietário, Sr. Antônio Ferreira de Almeida. Os carros ficaram trancados no galpão desde 1975. Não foram cobertos para evitar a umidade entre a capa e carroceria. Agora os carros estão a venda. Agora, se essa versão da história é a verdadeira, só Deus sabe!

Há pouco tempo recebemos de Pedro Appleton, de Portugal, o seguinte e-mail:

Olá,
Reparei que tem no blog do Portal Maxicar uma noticia acerca dos carros antigos encontrados num armazém em Portugal – pois é a nossa empresa que está a vender esses carros. Posso lhes enviar por e-mail uma reportagem que saiu numa revista aqui em Portugal com toda a historia da colecção, visto que a vossa versão não corresponde bem à realidade.
Fico á espera de notícias suas.
Cumprimentos, Pedro Appleton

Pois bem! Depois de trocarmos algumas mensagens, Pedro nos enviou a reportagem completa, que foi publicada pela revista Motor Clássico. A história real não tem o mesmo glamour nem mexe tanto com o nosso imaginário quanto a lenda. Mas vamos a ela!

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Quase tudo é fruto da imaginação das pessoas, portuguesas ou brasileiras. Quem sabe? Mas alguma coisa é verdadeira. Para começar, Antônio Ferreira de Almeida existe e é o feliz proprietário da coleção. Tudo começou nos anos 1970, quando o empresário português resolveu começar a comprar carros antigos, principalmente os fabricados nas décadas de 50 e 60. Passados mais de 30 anos, sua frota possui hoje mais de 200 automóveis. São sobretudo carros europeus.

O galpão, cuja revista não informa onde fica localizado (talvez propositalmente), está repleto de Lancia, Alfa-Romeo, Lótus, Jaguar, Triumph, MG, Austin, Morris, Facel Veja, Citroén, Simca, Peugeot, Mercedes-Benz, BMW, Opel, Porsche, Volvo… Alguns exemplares possuem os modelos mais raros dentro de suas respectivas marcas. É o caso por exemplo do Bristol 405 1954 ou o Saab 92B, o primeiro modelo da marca a ser vendido em Portugal.

Mas há também muitos representantes da indústria americana como Cadillacs, Buicks, Packards, Oldsmobiles, Chevrolets, Fords e Nashs.

E nem mesmo as marcas japonesas, tão difíceis de serem encontradas em coleções ocidentais de veículos antigos, foram esquecidas: há um Honda S800 1967 e um Datsun 240 Z 1972.

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Agora, Almeida resolveu colocar quase toda sua coleção a venda. Ficará apenas com 20 automóveis, escolhidos a dedo. Para isso montou a empresa Clássicos, LTD, onde Pedro Appleton (aquele que nos enviou o e-mail) é diretor comercial. Os carros estão sendo anunciados no site aos poucos, de acordo com a sua proximidade das portas do enorme galpão, devido à facilidade de limpeza, mobilidade e manutenção.

Alguns dos exemplares somente serão mostrados durante o Salão Motorclassico, que acontece em Lisboa, no mês de abril.

Apesar da grande quantidade de poeira e dá má aparência inicial, o acervo está em ótimo estado e nenhum carro sofreu com a ferrugem, já que o armazém possui baixíssimo índice de umidade. Necessitam apenas de uma boa limpeza. Custava passar um paninho de vez em quando?

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5 Comentários

  1. Qdo era criança, entrei uma vez nesses galpões cheios de carros antigos de um colecionador. Acho que foi a partir dali que fiquei fascinada pelo tema. E veja bem… aqui em Brasólia, desapropriam prédio onde funcionava o Museu do Automovel, para cede-lo para servir como teto para o arquivo MORTO de papéis do GDF, como se estocar papéis exigisse mais arte e técnica que "museabilizar" objetos que sao legados da cultura, evolucao da industria e dos habitos e modas do brasileiro… como se fosse tão simples e fácil desmontar um acervo destes, realocá-lo sem danificá-lo até que se encontre outro espaço para constituir novo museu. E nessa toada, a memória vai ficando mais morta que o arquivo de papeis que deve estar repousando dentro Museu. http://www.museudoautomovel.org/site/

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